segunda-feira, junho 20, 2005

o cárcere

quando voava via tudo de longe.


quando voava encontrava silèncio nas escarpas. no topo das árvores mais altas. olhava da distância e tudo era bonito, até os homens.


quando voava...


tinha dado trabalho a construção do ninho mas, voava.


agora. junto aos homens, olhando-os nos olhos, perdera o rumo a casa. de onde era?


que ventos ardilosos a tinham retirado dos fortes golpes de asa a que se acostumara desde sempre?


que árvores eram aquelas? um jardim.


que janela era aquela? guilhotina.


que homem estranho era aquele? diziam, diziam vozes à volta que era o seu.


mas como, porque magia louca iria um absurdo tal acontecer?


- os miúdos já se deitaram, estás com sono?
- estou só a terminar este parágrafo. vá-se deitando vá. eu já lá vou. boa noite caso adormeça antes.
- boa noite.


quando voava...

mas onde tinha ela posto as asas?

5 palpites:

Blogger aDesenhar piou...

Aviso:

Asas precisam-se

é urgente a liberdade

:)

21/6/05 10:11 da manhã  
Blogger Non piou...

:)

Se calhar já as encontrou, por esta altura...

21/6/05 10:22 da manhã  
Blogger wind piou...

Belo texto. Liberdade acima de tudo:) beijos

21/6/05 10:29 da manhã  
Blogger Fátima Santos piou...

liberdade :)

21/6/05 10:57 da manhã  
Blogger batista filho piou...

Ninguém sabe tudo. Todo mundo sabe um pouco, e às vezes é o quanto basta pra se sentir feliz, ao menos um pouco.
Alguns põem as asas nas coisas, nos objetos, nos lugares... Já outros guardam suas asas na imaginação, nos sentimentos... Aqueles acolá – não sei!... não me contaram!!!

29/6/05 1:06 da tarde  

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