Paredes

os olhos marejados. de chorar? não, da poeira envolvente que lhe afecta a vista já.
vagueia pelo campo. sonda o céu na busca de uma nuvem, que o vento acaba por arrastar para longe.
- minha terra assombrada!
vê o penar do solo gretado, aberto em dor clamando por água.
olha em volta e o negro das árvores retorcidas no brazeiro da véspera, dói demais.
corre para o mar. pára no molhe ouvindo o bater de ondas que a enchem de salpicos salgados.
- um dia hás-de avançar, galgar o espaço terra dentro, e tu mar terra rios serão um só. tenho a certeza.
pudessa ela apenas não pensar e ficar a olhar, ouvindo ao longe o som de uma guitarra.
- até da guitarra o tocador partiu.
tantos amigos foram e eu, para que fiquei?
a terra morre, parte dia a dia. devagar. olhando o mar como ela hoje, no molhe.
10 palpites:
... por ora calo, absorto na contemplação da imagem e no que ela me traz...
Esta lindissima foto faz-me lembrar uma tarde em Peniche ...
Beijinhos minha Linda !!!! ~:o)
Bela foto;) beijos
Parei a observar...
Maravilha!
***BShell ;)
:)
Escarpado, escarpado que tanto estavas abandonado...
Bjs.
eagle :
Foi só um lamento. Nunca uma crítica.
bjs.
Lumife, eu tb estava a brincar.
Ainda bem que vieram!!!
:) :) :)
Bjs
Mais uma bela prosa poética:) bjs
... mas por ora chove: o tocador da guitarra regressa, os amigos volvem (os amigos nunca se afastam, de verdade!)...
Um beijo.
Enviar um comentário
<< Home