choro e bruma

sobre o seu pó, à beira de água, regada ainda por algum choro e bruma muita bruma, poisou uma semente e ali ficou.
- deitem o pó ao vento quando chegar a hora.
os amigos fizeram-lhe a vontade. e a semente gostou, acomodou-se na terra macia como espuma, colchão de vida que ela num outro já, sorriso, preparou.
e de pequena planta rebento indefinido, em árvore, crescendo, se tornou.
- nada se perde, nada!
e a quem passar é permitido, se for gente de olhar com atenção, num dia de magia e bruma todo feito, vê-la falar com as esguias mãos. compridos braços abertos a inúmeros apertados abraços mas apoiados num tronco forte com raízes no chão.
- é minha esta terra e aqui fiquei.
espalha essa voz o vento que assobia entre os ramos do chorão.
à beira de água, na direcção do mar.
7 palpites:
Linda foto. Estranho: nos ramos vejo figuras de pessoas:) bjs
Realmente a Wind tem razão. Esta árvore é humana.
Bjs.
espiritos que se entrelaçam nos ramos...
Lindo texto, que dá vida à natureza Mãe, aqui na "pele" de uma árvore:) Que bom que era que houvesse a preservação da Mãe Natureza!beijos
Soberba a união do texto e da imagem... transporta-nos para lá da bruma e do pó quente da terra, em crescente evolução, onde nada se perde, mas tudo se transforma...
Gostei...
Jinhos ;)
A determinação, expressa no texto, é de arrepiar!
arrepiantes ... a foto e o texto !!!!
beijinho dos meus ~:o)
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